MOUZINHO DA SILVEIRA

GARCIA DORTA

SALGUEIRO MAIA

DR. ADOLFO BUGALHO

Nasceu o Dr. Adolfo João Lahmeyer Bugalho no Porto a 21 de Março de 1907na Freguesia do Bonfim daquela cidade. Filho de Francisco José Bugalho natural da vila de Castelo de Vide e de Sofia Sarmento Lahmeyer Bugalho, natural da cidade do Porto, e irmão do Poeta Francisco Bugalho. Fixou-se, tal como o irmão, em Castelo de Vide onde exerceu medicina até atingir a reforma. Tinha Castelo de Vide como sua terra e aqui era considerado e estimado como tal.

Licenciou-se em medicina em 1933 na cidade de Lisboa. E como médico, exerceu, até se reformar, toda a sua actividade profissional em Castelo de Vide como médico do partido Municipal, como Sub-delegado de Saúde, médico do Hospital de Santo Amaro da Santa Casa da Misericórdia e ainda como clínico da Casa do Povo, médico da CP- Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, companhias seguradoras, etc.. Deixou publicados na Revista Médica, em 1951, os trabalhos de investigação Clínica de Higiene e Hidrologia, "Rickettsioses – Casos de Ornitose – Alguns casos de doença com reacção de Weill-Felix positiva constatados no concelho de Castelo de Vide".

Muito hábil na arte do desenho, expressou também o seu inegável talento artístico nas gravuras em madeira, que fazia para os semanários "O Castelovidense" e “Terra Alta”, e que constituem uma apreciável colecção. Também pela escrita se evidenciou não só na colaboração abundante que publicou na imprensa local, no “Diário da manhã”, no “Jornal do Médico”, etc., mas também com algumas peças teatrais, fazendo autentico jornalismo literário.

No periódico “Terra Alta” deu à estampa as peças de teatro “O pregão” e “Sombra de um Brilho”, e na Editorial Império, em 1961, “Eu e o meu chapéu”. Incentivou, ainda, persistentemente e com entusiasmo o teatro amador em Castelo de Vide, contribuindo assim para que se mantivesse essa tradição da cultura local. Executava, desde os cenários das peças que eram representadas pelos amadores em Castelo de Vide, os quais concebia, até outras manifestações de artes plásticas. A pedido do Cónego Albano Vaz Pinto, Vigário de Castelo de Vide, pintou para a capela-mor da Igreja Matriz da vila seis quadros: do lado da Epístola, a Conversão de São Paulo, Cristo na Cruz rodeado pelos símbolos dos Quatro Evangelhos, os Sacramentos e a Assunção de Nossa Senhora, e do lado do Evangelho, uma representação dos Dez Mandamentos e a Anunciação de Nossa Senhora. De formação e cultura humanista, Adolfo Bugalho vivia intensamente os assuntos e o dia-a-dia do meio castelovidense.

Casou em 2 de Junho de 1943 com Ana de Lurdes Bugalho Pereira, do seu casamento.

Faleceu a 10 de Dezembro de 1986 com 79 anos de idade.

JOSÉ FREDERICO LARANJO

Nasceu na vila de Castelo de Vide no dia 20 de Novembro de 1846. Destinado inicialmente à carreira eclesiástica, foi porem doutorado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Lente Catedrático da mesma instituição universitária, foi sócio efectivo do Instituto da cidade do Mondego, para alem de sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. Político eminente com projecção a nível nacional, integrado nas hostes do Partido Progressista, chegou a par do Reino; foi eleito varias vezes deputado por Portalegre, cidade onde (durante um pequeno período) desempenhou as funções de director do jornal O Distrito de Portalegre.

Escritor, sobretudo, de obras de teoria política e económica (foi dos primeiros, no nosso país, a fazer uma leitura das obras de Karl Marx), de direito constitucional e colonial, iniciou-se no entanto no campo da poesia, com o volume Estro Nocturno, editado em 1866. Faleceu em Lisboa, no primeiro dia do ano de 1910.

VENTURA PORFÍRIO

Nasceu em Castelo de Vide no ano de 1908. Após alguns contratempos regressa finalmente a Escola de Belas Artes em Lisboa, onde é aluno atento e aplicado. Ganhou da parte do Grémio de Acção Municipal uma bolsa que lhe possibilitou reiniciar os seus estudos de pintura na Escola de Belas Artes do Porto. Foi Conservador do Palácio Nacional de Queluz.

Quatro anos após a sua morte,  José Luís Porfírio, seu filho, com o apoio da Câmara Municipal organiza uma exposição que pretende acentuar três momentos intensos de trabalho criativo, no coração dos ano trinta quando bolseiro em Madrid, paris e Bruxelas ( 1934/1937), nos anos 1958 a 1967 com a experiência abstracta e a intensíssima  produção de desenho, e entre 1983 a 1989, com o trabalho que se  encontra no salão Nobre dos Paços do Concelho de Castelo de Vide. Ainda sobre a exposição ela foi pensada de forma a ilustrara o percurso artístico, primeiro,  os seus trabalhos e formação, o realismo expressionista, fortemente marcada pela influência de Vasquez Dias e a estadia em Madrid completada pelo conhecimento dos expressionistas Belgas aquando da sua permanência em Bruxelas; experiências abstractas 1958-68 e por último Castelo da Vida 1983-1990.

Faleceu em 1998 e está sepultado em Castelo de Vide.